domingo, 18 de abril de 2010

COMO FAZER UMA CABEÇORRA - 2ª parte

Agora que toda a papietagem está bem seca podemos começar o processo de retirada do molde

1. Marque com uma caneta ou lápis uma linha em volta de toda a cabeçorra para ajudar na hora do corte











2. Com um estilete corte na linha, dividindo em duas partes












3. Agora que você já dividiu a cabeçorra em duas partes é hora de retirar a cabeçorra do molde. Com todo cuidado, retire primeiro a parte de trás e depois a da frente.


























4. Após retirar as duas partes você vai verifique que a parte de dentro precisa de acabamento. Passe em toda a parte de dentro das duas bandas cola para deixar um acabamento perfeito. Ponha para secar.
Na próxima postagem vamos continuar ensinando o passo a passo de como fazer uma cabeçorra. Por hoje é só.

domingo, 4 de abril de 2010

COMO FAZER UMA CABEÇORRA

A papietagem é uma técnica muito antiga que era usada para fazer máscaras para as peças de teatro. Hoje se faz muitas coisas com essa técnica inclusive as tradicionais cabeçorras que saem nos “embalos” da Festa D’Ajuda, todo ano no mês de novembro.

O que você precisa para começar a fazer uma cabeçorra: um molde de madeira, argila, papel e cola branca escolar.






1.Para começar vamos precisar de um “molde” de madeira onde vamos colocar argila.













2.Em cima desse molde vamos dando forma a nossa cabeçorra.












3. Trabalhe a argila até conseguir o resultado desejado. Use água para alisar a argila e tornar o trabalho de moldagem mais fácil. Quando chegar a esse ponto unte todo o “molde” de vaselina cremosa que é para que os papéis não grudem no mesmo.








4. Agora é a hora de começar a papietar. Coloque primeiro uma camada de papel molhado em toda a superfície da cabeçorra moldada. Cuidado para que fique tudo o papel bem colocado, sem dobras. Logo em seguida coloque a primeira camada de papel com cola. Para isso você deve dissolver cola com água para ficar um pouco mais rala.
Entre uma camada e outra você deve esperar umas horas para que fique totalmente seca. Só assim você deve colocar a outra camada.
Serão 5 camadas de papel com cola.
Após você colocar as 5 camadas de cola e tudo estiver seco chegou a hora de "tirar" a cabeçorra do molde. Na próxima postagem vamos ensinar como fazer isso.

ADOTE UM CABEÇORRA! ADOTE UM MANDU!



Nossa cidade é detentora de um conjunto arquitetônico tão importante que em 1971 foi reconhecido pelo Governo Federal como: Monumento Nacional. Mas, não é só pelos prédios bonitos e históricos que nossa cidade se destaca: seu rico patrimônio imaterial é, talvez, mais surpreendente ainda. Suas danças, festas, seu modo todo especial de entender e viver a vida faz do cachoeirano um povo privilegiado.
Dentre as inúmeras riquezas imateriais dessa heróica cidade temos a Festa D’Ajuda que, pela sua singularidade, merece de todos os cachoeiranos, estudiosos e governantes, uma atenção especial para que suas características peculiares não se percam ao longo do tempo. Precisamos, todos juntos, como comunidade consciente do nosso patrimônio, cuidar para que esse legado se perpetue.
Por conta disso o Centro de Estudos Raízes do Recôncavo toma a dianteira desse processo e vem em busca de parceria com a comunidade para manter viva uma das nossas riquezas culturais que mais se identificam com o povo: a Festa D’Ajuda e seus elementos simbólicos.
Ao longo dos anos temos presenciado a diminuição gradual de “figuras” tradicionais dos festejos D’Ajuda: os Mandus, as Cabeçorras, os Diabos, os Mascarados... Se nós, cachoeiranos, que tanto nos identificamos com essa festa, que é considerada a mais popular de todas – é a festa dos cachoeiranos, não fizermos a nossa parte, muito em breve teremos perdido também essas “figuras simbólicas” como perdemos os “Ternos”.
Para tanto o Centro de Estudos Raízes do Recôncavo iniciou as Campanhas: Adote uma Cabeçorra! e Adote um Mandu!
Nas Oficinas D’Ajuda que iremos realizar a partir de Abril pretendemos preparar 50 (cinqüenta) cabeçorras e 50 (cinqüenta) Mandus para abrilhantarem os festejos já deste ano.
Em 4 de novembro de 2009 o Centro de Estudos Raízes do Recôncavo deu entrada, no IPAC, no pedido de Registro da Festa D’Ajuda como Patrimônio Imaterial e esperamos com ansiedade o resultado desse pleito tão justo.
Apesar da vontade e determinação dos integrantes do Centro de Estudos Raízes do Recôncavo em fazer esse trabalho, faltam recursos para aquisição dos materiais necessários para tornar esse projeto, educativo e preservacionista, uma realidade. Diante disso estamos buscando apoio de pessoas que sabemos se identificam com a festa.
Fizemos um levantamento de custos e colocamos em anexo, para que todos os “padrinhos” e “madrinhas” compartilhem conosco os custos e o desenvolvimento das atividades relacionadas a execução do projeto.
O custo total por Cabeçorra ficou em R$ 105,00 (cem e cinco reais) e aquele que quiser participar da campanha deverá nos informar através do telefone (75) 3425-1672 ou pelo e-mail: raizesreconcavo@hotmail.com. O valor poderá ser pago à vista ou em até 3 vezes, desde que a última parcela seja até o final do mês de julho, com datas a combinar.
Também estaremos apresentando aos interessados, conforme a produção, as cabeçorras para que cada um escolha aquela que mais se identifica. A cor da roupa também será da escolha do “padrinho” ou da “madrinha”. Vale o registro de que os padrinhos e madrinhas terão suas fotos e seus nomes divulgados em nosso blog para que todos tomem conhecimento de quem são os nossos parceiros e admiradores da festa.
A título de esclarecimento, as cabeçorras, as vestimentas e adereços ficarão sob a guarda do Centro de Estudos Raízes do Recôncavo para que sejam, sempre que possível, exibidas em exposições ou mesmo participem de eventos culturais.
Todo esse trabalho estará no nosso blog: http://festadajuda2009.blogspot.com/ para que todos possam acompanhar. Aqueles que quiserem aprender um pouco sobre a técnica utilizada poderá acessar, pois estaremos postando o passo a passo de todas as nossas cabeçorras ou mesmo participar das Oficinas D’Ajuda. Basta telefonar e agendar sua participação.
Confiantes de que estamos no caminho certo para a preservação de nossa querida Festa D’Ajuda, agradecemos antecipadamente a todos que se unirem a nós nessa luta pela preservação da nossa cultura.
Um forte abraço e que Nossa Senhora D’Ajuda ilumine a todos.

Rita Santana
Diretora

domingo, 8 de março de 2009

Festa D'Ajuda em Cachoeira é tradição

Há 414 anos se iniciou em Cachoeira - BA a construção do primeiro templo religioso na então Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira.

A Capela de Nossa Senhora D'Ajuda, padroeira dos senhores de engenho foi dedicada inicialmente à devoção de Nossa Senhora do Rosário, Padroeira da Vila.

Com o passar dos anos e o desenvolvimento da Vila, os devotos de Nossa Senhora D'Ajuda, agregados na Irmandade dedicada a Santa deram início às comemorações de louvor, sempre, na primeira quinzena de novembro.

Os festejos, com extrema participação dos devotos, especialmente constituídos por senhores de engenho, se transformou numa festa de enorme proporções, quando à Vila se dirigiam de todas as regiões habitadas da Província Baiana devotos da milagrosa Santa D'Ajuda.

Os senhores de engenho durante o ensejo louvavam ao sucesso da colheita da cana-de-açúcar, base de toda economia da época. A participação dos senhores de engenho nos festejos influenciou na participação dos seus escravos, que consequentemente, com o passar dos tempos, integraram o rol dos devotos e com adaptações, principalmente na parte profana da festa, deram a tonalidade dos festejos em Louvor a Nossa Senhora D'Ajuda.

A festa hoje se destaca no Recôncavo Baiano como um importante folguedo popular, reunindo manifestações originalíssimas, personalidades do imaginário, criados na fusão cultural detonado com a miscigenação racial que se instalou na Bahia, principalmente no Recôncavo, especialmente em Cachoeira.

São cabeçorras, mandus, mascarados, velhos, meninos, meninas, diabos, santos e o povo, pelas ruas calçadas com paralelepípedos, à sombra dos seculares sobrados, cantando músicas e letras singulares, das históricas filarmônicas, que com instrumentos de sopro (trompetes, trombones, baixos e clarinetes) e percussão (caixas, tambores, bumbos e pratos) fazem uma belíssima festa, totalmente singular e popular.


Paralelo a esta realidade em pleno novembro momesco cachoeirano, na histórica Capelinha de Nossa Senhora D'Ajuda é promovido o novenário em louvor a Santa sob inspiração da Igreja Católica Apostólica Romana. (texto: autor desconhecido)


Por tudo isso e muito mais é que garantimos ser a Festa D'Ajuda um PATRIMONIO IMATERIAL DE CACHOEIRA.